quinta-feira, 16 de maio de 2013

Rockonha

O outro lado de uma mesma história. O homem que foi traído pela mãe de seus filhos, morto por engano e avilanado por esta que é uma das mais belas canções da música popular brasileira.











Rockonha


Por Rafael Rivas

A visão vai clareando, e Jeremias já pode ver o sorveteiro, os repórteres e os agentes de TV que o filmavam. A adrenalina foi lentamente se neutralizando pela respiração fria do traficante. Jeremias sente cheiro de pólvora e escuta uma risada. Olha para suas mãos, entretanto, sua arma não foi disparada. E à sua frente pode ver o destemido homem a quem chamam de Santo Cristo deitado de bruços no asfalto. E se lembrou de quando era uma criança, e de tudo que vivera até estar ali, em frente ao lote 14, na Ceilândia.


De menino bem criado por família de classe-média à adolescente rebelde e arredio. A vida de Jeremias, um brasiliense caucasiano filho de diplomatas, passou a acontecer quando ele fugiu de casa, indo morar com colegas de faculdade em uma república da UNB. Cursava biologia, mas odiava o curso.

Por ser bem relacionado, andava com os boyzinhos da cidade, praticando pequenos delitos. Só que Jeremias era esperto, sabia que para bancar aluguel, festas e o uso de drogas deveria começar traficar para os amigos. E as festas foram aumentando, o tráfico se profissionalizando, e a “Rockonha”, apesar da repressão militar e da polícia, fazendo sucesso.

Até que um dia apareceu um contrabandista baiano, chamado João de Santo Cristo, que prometia acabar com o tráfico na cidade, junto com Pablo, um peruano que morava na Bolívia. Ele costumava frequentar a Asa Norte, e ainda não se bandeava para a Asa Sul, onde Jeremias dominava. Agora Jeremias já não era o único traficante de renome de Brasília.

Nas festas de rock, João passou a aliciar consumidores, inclusive amigos de Jeremias, e logo já fazia parte de um pequeno bando que roubava. Amador que era, o tal de Santo Cristo caiu no primeiro roubo, e prometeu pegar todos os amigos de Jeremias, que, por serem filhinhos de papai, não foram presos. Santo Cristo, preto e pobre, ficou anos preso. E lá fez sua graduação no crime.

Recluso juntamente com presos políticos, Santo Cristo virou bandido destemido e temido no Distrito Federal. Diziam que não tinha nenhum medo de polícia, capitão, traficante, playboy ou general.


“Você perdeu sua vida, meu irmão! Você perdeu sua vida, meu irmão!”. Jeremias não entendia as ameaças e as conseqüências da proposta indecorosa que recusara. Não iria matar João a pedido de um general, só porque o baiano namorava sua filha. Jeremias estava em Planaltina quando Pablo lhe disse que João de Santo Cristo soubera da proposta do general, e queria conversar de perto. Chegou a hora do enfrentamento inevitável.

Jeremias organizou uma Rockonha e fez todo mundo dançar, a espera do encontro com João. “Jeremias, maconheiro sem-vergonha, tua acha que é crente mas não sabe nem rezar”. João, o ladrão de velhinhas carolas, era mais preto que ele pensava. Como poderia comer todas as menininhas de sua cidade? Santo Cristo lhe chamou pra briga, só que Jeremias viu a Winchester-22 e fugiu, desarmado. Logo depois saiu no noticiário que Santo Cristo fora preso novamente.


O tempo passa e um dia Jeremias conhece uma tão menina linda numa Rockonha, e de todos seus pecados ele se arrependeu. Ela era filha de um general perigoso, que acabara com a vida do último namorado dela. Contudo, Jeremias sempre gostou de perigo, e prometeu eternamente seu coração a Maria Lúcia, casou-se com ela e um filho nela ele fez.


A criança já estava grande quando bate em sua porta Pablo, o primo peruano de João, dizendo que o faroeste caboclo fugira da cadeia, era só ódio por dentro e lhe chamava a um duelo. “Você pode escolher suas armas que ele acaba com você, seu porco traidor. E mata também Maria Lúcia, aquela menina falsa para quem João jurou eterno amor. Amanhã, às duas horas, na Ceilândia, em frente ao lote 14, é lá que ele vai estar!”.

E Jeremias não sabia o que fazer quando viu o repórter da televisão, dando notícia do duelo na TV, dizendo a hora o local e a razão. Ao ver o boletim, Maria Lúcia correu para casa para explicar a Jeremias o que havia acontecido: seu pai, o general perigoso, havia prometido acabar com seu namorado, João de Santo Cristo, porque era caboclo, pobre e contrabandista. Revoltado, depois que foi preso por culpa do general, João rebelou-se contra ela e aos gritos mandou-a afastar-se dele, impondo-lhe a culpa da segunda prisão.

Ao sábado, dia do duelo, Jeremias pegou sua arma por precaução e foi até o lote 14 da Ceilândia para explicar que nada tinha contra João, que tudo não passava de um mal entendido. Apesar de traficante, Jeremias não passava de um boyzinho sem muita coragem. Chegando lá, ultrapassou a multidão, ouviu um tiro seco, uma risada e o povo aplaudindo, em seguida. O sol cegou seus olhos, mas visão vai clareando, e ele já podia ver o sorveteiro, os repórteres e os agentes de TV que filmavam tudo ali. A adrenalina foi lentamente neutralizada pela respiração fria do traficante. Jeremias sentiu cheiro de pólvora, olhou para suas mãos. Entretanto, não disparou com sua arma. João estava deitado de bruços, ensanguentado, e Maria Lúcia correu em sua direção, com a Winchester-22 nas mãos, ajudando-o a se levantar.

“Jeremias eu sô hômi, coisa que você não é, e não atiro pelas costas não. Olha pra cá filha da puta sem-vergonha, dá uma olhada no meu sangue e vem sentir o teu perdão”. E Santo, Cristo com a Winchester-22, deu cinco tiros em safado traidor, que correu revidando os tiros.

Na troca de balas, Jeremias, Santo Cristo e Maria Lúcia foram atingidos; os três morreram baleados no coração.

Por ter matado um traficante de renome, o povo declarou que João de Santo Cristo era santo porque sabia morrer. E a alta burguesia da cidade não acreditou na história que eles viram na TV. E Jeremias não conseguiu o que queria quando veio pro duelo com João ter. Ele queria era falar pra Santo Cristo que Pablo é quem queria lhe fazer... sofrer.

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Médicos cubanos, espiões ninjas e a direita paranoica


Jaleco dos médicos-espiões-comunistas-ninjas
cubanos.
Perderam de vez a linha. Acabou-se a vergonha na cara. Eles escancararam a própria ignorância. É impossível que não se sintam ridículos.

A direita pirou. Experimentou maconha, depois que o FHC disse ser bom, e acabou exagerando na dose.

Um em cada cinco médicos cubanos que virão trabalhar no Brasil são espiões comunistas.

Sério? Alguém aí ainda está na Guerra Fria? Estaria a direita precisando de mais medicamentos?

Pois não é. É fato. Cuba, uma superpotência econômica e bélica programa a vinda de médicos-espiões-maçons-iluminatis-comunistas-ninjas cubanos, altamente treinados para dominar, com o PT, o país. A começar pela derrubada da democracia, com fortalecimento da PF, do MP, deixando o Congresso Nacional vetar suas medidas provisórias, o STF condenar seus correligionários, deixando o MPF arquivar denúncias contra opositores. É o apocalipse! Isso e a aprovação do casamento gay.

Agora, vamos ao que interessa. Este post é a última instância elucidativa sobre a questão da vinda dos médicos estrangeiros, e tem, inclusive, um contraponto abaixo, dando direito ao contraditório.

Tirem suas conclusões, dissertem, discutam, debatam, comentem. Tamos aí pra isso.

Tirado lá do http://www.advivo.com.br.



A questão da vinda dos médicos cubanos para o Brasil

Por Pedro Saraiva

Sou médico e gostaria de opinar sobre a gritaria em relação à vinda dos médicos cubanos ao Brasil.

Bom, como opinião inteligente se constrói com o contraditório, vou tentar levantar aqui algumas informações sobre a vinda de médicos cubanos para regiões pobres do Brasil que ainda não vi serem abordadas.

- O principal motivo de reclamação dos médicos, da imprensa e do CFM seria uma suposta validação automática dos diplomas destes médicos cubanos, coisa que em momento algum foi afirmado por qualquer membro do governo. Pelo contrário, o próprio ministro da saúde, Alexandre Padilha, já disse que concorda que a contratação de médicos estrangeiros deve seguir critérios de qualidade e responsabilidade profissional. Portanto, o governo não anunciou que trará médicos cubanos indiscriminadamente para o país. Isto é uma interpretação desonesta.

- Acho estranho o governo ter falado em atrair médicos cubanos, portugueses e espanhóis, e a gritaria ser somente em relação aos médicos cubanos. Será que somente os médicos cubanos precisam revalidar diploma? Sou médico e vivo em Portugal, posso garantir que nos últimos anos conheci médicos portugueses e espanhóis que tinham nível técnico de sofrível para terrível. E olha que segundo a OMS, Espanha e Portugal têm, respectivamente, o 6º e o 11º melhores sistemas de saúde do mundo (não tarda a Troika dar um jeito nesse excesso de qualidade). Profissional ruim há em todos os lugares e profissões. Do jeito que o discurso está focado nos médicos de Cuba, parece que o problema real não é bem a revalidação do diploma, mas sim puro preconceito.

- Portugal já importa médicos cubanos desde 2009. Aqui também há dificuldade de convencer os médicos a ir trabalhar em regiões mais longínquos, afastadas dos grandes centros. Os cubanos vieram estimulados pelo governo, fizeram prova e foram aprovados em grande maioria (mais à frente vou dar maiores detalhes deste fato). A população aprovou a vinda dos cubanos, e em 2012, sob pressão popular, o governo português renovou a parceria, com amplo apoio dos pacientes. Portanto, um dos países com melhores resultados na área de saúde do mundo importa médicos cubanos e a população aprova o seu trabalho.

- Acho que é ponto pacífico para todos que médicos estrangeiro tenham que ser submetidos a provas aí no Brasil. Não faz sentido importar profissionais de baixa qualidade. Como já disse, o próprio ministro da saúde diz concordar com isso. Eu mesmo fui submetido a 5 provas aqui em Portugal para poder validar meu título de especialista. As minhas provas foram voltadas a testar meus conhecimentos na área em que iria atuar, que no caso é Nefrologia. Os cubanos que vieram trabalhar em Medicina de família também foram submetidos a provas, para que o governo tivesse o mínimo de controle sobre a sua qualidade. 

Pois bem, na última leva, 60 médicos cubanos prestaram exame e 44 foram aprovados (73,3%). Fui procurar dados sobre o Revalida, exame brasileiro para médicos estrangeiros e descobri que no ano de 2012, de 182 médicos cubanos inscritos, apenas 20 foram aprovados (10,9%). Há algo de estranho em tamanha dissociação. Será que estamos avaliando corretamente os médicos estrangeiros? 

Seria bem interessante que nossos médicos se submetessem a este exame ao final do curso de medicina. Não seria justo que os médicos brasileiros também só fossem autorizados a exercer medicina se passassem no Valida? Se a preocupação é com a qualidade do profissional que vai ser lançado no mercado de trabalho, o que importa se ele foi formado no Brasil, em Cuba ou China? O CFM se diz tão preocupado com a qualidade do médico cubano, mas não faz nada contra o grande negócio que se tornaram as faculdades caça-níqueis de Medicina. No Brasil existe um exército de médicos de qualidade pavorosa. Gente que não sabe a diferença entre esôfago e traqueia, como eu já pude bem atestar. Porque tanto temor em relação à qualidade dos estrangeiros e tanta complacência com os brasileiros? 

- Até agora não vi nem o CFM nem a imprensa irem lá nas áreas mais carentes do Brasil perguntar o que a população sem acesso à saúde acha de virem 6000 médicos cubanos para atendê-los. Será que é melhor ficar sem médico do que ter médicos cubanos? É o óbvio ululante que o ideal seria criar condições para que médicos brasileiros se sentissem estimulados a ir trabalhar no interior. Mas em um país das dimensões do Brasil e com a responsabilidade de tocar a medicina básica pulverizada nas mãos de centenas de prefeitos, isso não vai ocorrer de uma hora para outra. Na verdade, o governo até lançou nos últimos anos o Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica (Provab), que oferece salários mensais de R$ 8 mil e pontos na progressão de carreira para os médicos que vão para as periferias. O problema é que até hoje só 4 mil médicos aceitaram participar do programa. Não é só salário, faltam condições de trabalho. O que fazemos então? vamos pedir para os mais pobres aguentar mais alguns anos até alguém conseguir transformar o SUS naquilo que todos desejam? Vira lá para a criança com diarreia ou para a mãe grávida sem pré-natal e diz para ela segurar as pontas sem médico, porque os médicos do sul e sudeste do Brasil, que não querem ir para o interior, acham que essa história de trazer médico cubano vai desvalorizar a medicina do Brasil. 

- É bom lembrar que Cuba exporta médicos para mais de 70 países. Os cubanos estão acostumados e aceitam trabalhar em condições muito inferiores. Aliás, é nisso que eles são bons. Eles fazem medicina preventiva em massa, que é muito mais barata, e com grandes resultados. Durante o terremoto do Haiti, quem evitou uma catástrofe ainda maior foram os médicos cubanos. Em poucas semanas os médicos dos países ricos deram no pé e deixaram centenas de milhares de pessoas sem auxílio médico. Se não fosse Cuba e seus médicos, haveria uma tragédia humanitária de proporções dantescas. Até o New England Journal of Medicine, a revista mais respeitada de medicina do mundo, fez há poucos meses um artigo sobre a medicina em Cuba. O destaque vai exatamente para a capacidade do país em fazer medicina de qualidade com recursos baixíssimos (http://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMp1215226).

- Com muito menos recursos, a medicina de Cuba dá um banho em resultados na medicina brasileira. É no mínimo uma grande arrogância achar que os médicos cubanos não estão preparados para praticar medicina básica aqui no Brasil. O CFM diz que a medicina de Cuba é de má qualidade, mas não explica por que a saúde dos cubanos, como muito menos recursos tecnológicos e com uma suposta inferioridade qualitativa, tem índices de saúde infinitamente melhores que a do Brasil e semelhantes à avançada medicina americana (dados da OMS).

- Agora, ninguém tem que ir cobrar do médico cubano que ele saiba fazer cirurgia de válvula cardíaca ou que seja mestre em dar laudos de ressonância magnética. Eles não vêm para cá para trabalhar em medicina nuclear ou para fazer hemodiálises nos pacientes. Medicina altamente tecnológica e ultra especializada não diminui mortalidade infantil, não diminui mortalidade materna, não previne verminose, não conscientiza a população em relação a cuidados de saúde, não trata diarreia de criança, não aumenta cobertura vacinal, nem atua na área de prevenção. É isso que parece não entrar na cabeça de médicos que são formados para serem superespecialistas, de forma a suprir a necessidade uma medicina privada e altamente tecnológica. Atenção! O governo que trazer médicos para tratar diarreia e desidratação! Não é preciso grande estrutura para fazer o mínimo. Essa população mais pobre não tem o mínimo!

Que venham os médicos cubanos, que eles façam o Revalida, mas que eles sejam avaliados em relação àquilo que se espera deles. Se os médicos ricos do sul maravilha não querem ir para o interior, que continuem lutando por melhores condições de trabalho, que cobrem dos governos em todas as esferas, não só da Federal, melhores condições de carreia, mas que ao menos se sensibilizem com aqueles que não podem esperar anos pela mudança do sistema, e aceitem de bom grado os colegas estrangeiros que se dispõe a vir aqui salvar vidas.

Infelizmente até a classe médica aderiu ao ativismo de Facebook. O cara lê a Veja ou O Globo, se revolta com o governo, vai no Facebook, repete meia dúzia de clichês ou frases feitas e sente que já exerceu sua cidadania. Enquanto isso, a população carente, que nem sabe o que é Facebook morre à míngua, sem atendimento médico brasileiro ou cubano.


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Por Gisele Katia Camara Oliveira

Os Médicos Brasileiros e Saúde no Brasil 

Boa Noite Nassif, Abro minhas ponderações com uma postagem de minha sobrinha Lívia de Oliveira Antunes, jovem médica, no facebook:"Eu gostaria sinceramente de achar algum ponto positivo na vinda dos médicos cubanos para o Brasil... qualquer ponto que seja... deixando os meus interesses pessoais de lado e pensando unicamente na população que necessita do atendimento, assim eu sofreria menos...

Agora se tratando do fato de eu ser uma profissional da área de saúde e na maior parte do tempo após a minha conclusão ter atuado no sistema público, sei com toda convicção que o problema principal não está na falta de profissionais, mas sim na falta de estrutura para exercermos a medicina...


A verba destinada à saúde se fosse utilizada na saúde resolveria grande parte das angústias de nossa população... triste é que está verba acaba se perdendo nos “paraísos fiscais” nas contas de políticos corruptos, FDPs, desgraçados e sem alma que não se importam em matar muitas pessoas desde que seu patrimônio pessoal esteja em ascensão....


6 mil médicos não resolvem... nem 12 mil... nem 50 mil.... o médico sozinho não consegue salvar vidas... 


Sempre fui completamente a favor da forma de administrar o país pensando nos menos favorecido... sou a favor de todas as “bolsas” e das “cotas” da vida... e, sou uma pessoa que ainda acredito na política...

Agora querer trazer profissionais sendo que o que falta é instrumento para trabalho, pra mim é a mesma coisa de contratar um monte de padeiro, só que problema é a falta de farinha!!!


E se tem a falta de farinha... é pq o entregador FDP descarregou no seu terreno particular!"

A classe médica brasileira está paralisada com a vinda de 6000 médicos cubanos, com diplomas não revalidados no Brasil, sem que tenhamos sido chamados para o debate com o Governo. Sabemos que a postura: não venham os cubanos pois isso é ruim para a classe médica brasileira, não funciona, pois tem algo maior que é o atendimento em saúde da população brasileira. Temos consciência de que se quisermos ser ouvidos e respeitados como classe, precisamos encarar o desafio de  construir  propostas para realmente resolver a demanda de grande parte da população brasileira que não tem acesso a saúde.

Seria o momento de União de todas entidades médicas CFM, CRMs, Sindicatos, FENAM, ANMP para criar uma estratégia conjunta de ação:1) Análise dos reais motivos pelos quais não se consegue fixar médicos em determinadas regiões. (falta de plano de carreira, falta de estrutura de trabalho, falta de acesso a qualificação...)


2) Argumentação mostrando que não basta apenas ter médico para se ter saúde, essa visão simplista na verdade é uma maquiagem para iludir a população e possibilitar os grandes desvios de verbas da saúde.

3) Estudo do percentual de verbas da saúde que é desviado e não chega a população.


4) Criação de uma proposta conjunta considerando  os ítens anteriores para se resolver a ausência de médicos em determinadas regiões, mas que esses venham para trazer saúde não para maquiar a realidade e iludir a população.

5) Colocar toda classe médica para dialogar com o governo no sentido de realmente resolver o problema,  criando um plano de carreira para os médicos do SUS,  utilizando médicos das forças armadas,  o trabalho de recém formados do PROUNI-FIES, fornecendo qualificação continuada aos profissionais de saúde, criando uma estrutura de trabalho adequada...  Que os médicos venham para realmente trazer saúde.
O objetivo primordial de um Governo é proteger seus cidadãos.


Gisele Katia Camara Oliveira
Médica do SUS em Amparo-SP