sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Voltaremos!

Bom, depois de um tempinho ausente, publicarei um post sobre algumas coisas que vejo aqui onde trabalho.

Trabalho no fórum de Viamão. 1ª Vara Cível. Mais ou menos 10.000 processos.

Era para ser mais um dia comum. Nada de mais acontece por aqui, além de algumas discussões no balcão. A cidade, mesmo sendo violenta, continua pacata.

Pois não é que, para a surpresa de todos os que achavam que seu quotidiano se repetiria da mesma forma enfadonha de sempre, depois de ter acontecido tanta coisa no mundo (e em Viamão nada!), acontece o inesperado? Nessa quinta-feira, 17/12/09, em uma tentativa frustrada, alguns "manés" tentaram libertar um preso que estava sendo conduzido pela SUSEPE (Superintendência dos Serviços Penitenciários) de volta ao xadrez. Não sei bem da história ainda, as fofocas são muitas. Mas o que aconteceu aqui dentro do cartório foi engraçado. Ninguém sabia direito o que havia acontecido, só ouvíamos barulhos que pareciam tiros, policiais gritando de armas na mão, pessoas se abaixando... foi um início de manhã digno do Rio de Janeiro.

Pelo jeito tudo correu bem - para os mocinhos -, porque não conseguiram o resgate e ninguém se feriu. Mas que sirva de alerta. Como estão lidando com a segurança dos cidadãos e servidores? Algumas medidas são tomadas, como fechar a rua em dia de audiência e júri, agentes fortemente armados, amados ou não... mas até que ponto estamos seguros desse tipo de situação inesperada (que deveria ser esperada, visto o risco que representam alguns desses criminosos).

Nessa esteira, gostaria de prestar minhas homenagens a nossa queria guarida policial. Esses dias convidei uns amigos meus para encher as fuças de cerveja. Um deles foi em casa ligar para a namorada, por volta de 00:10, e, na volta, em um assalto, quase perdeu a vida. Bem, foi um tiro de calibre 32 no escroto (saco, bola direita), mas poderia ter sido em algum ponto vital. Ele ainda está com a bala alojada na coxa, mas sem risco nenhum de vida.

A polícia apareceu no hospital, já que, quando alguém baixa com esse tipo de ferimento é de praxe o chamamento da polícia para instaurar inquérito. Pois acredito que a polícia não tenha nem diligenciado no local do fato, porque, logo algumas semanas depois, o assaltante estaria fazendo mais uma vítima, não fosse o namorado dela, amigo meu, intervir.

Outro protesto. Levei meu amigo correndo aquele dia. Entrei no centro da cidade a pelo menos 80 km/h, pisca alerta ligado, mão na buzina, e fazendo a rótula entrei na rua do hospital. Não percebi que a rua era contramão, mas soube, depois de deixar meu amigo em segurança. Como pode um administrador colocar uma rua, que deveria ser a mais prática possível, com uma só mão e dificultar tanto uma emergência. Se aparecesse outro carro na mão certa, aconteceria mais de uma tragédia.

Outro dia conto como foi à aventura no Emérito Hospital de Viamão. E que aventura.

EXTRA, EXTRA, modificaram a mão da via. Agora o prefeito usou um pouco da cabecinha de merda e colocou a rua na mão da entrada para saída, e não vice e versa. Antes, tínhamos que entrar e sair do centro pra entrar na rua do hospital. Agora, um pouco mais inteligente. Finalmente.