Ariadna, ex-BBB (a foto não foi escolhida por acaso) |
Sobre o BBB, que está recomeçando
hoje, sabemos que, com as postagens no Facebook sobre o programa - como se todos, além de meteorologistas, fossem contratados pelo site EGO -, choverão críticas. Acredito que o exemplo delas vale
pra bastante coisa na vida.
Vejamos. O BBB é um programa para
maiores de idade. O que é feito lá é com o consentimento dos participantes. Ainda
que sejam obrigados por contrato a fazer ou dizer certas coisas, o máximo que
podem transgredir são as cláusulas contratuais, nada contra sua liberdade
individual ou que tenha feito sob coação. O mesmo pode se dizer de quem
assiste. O telespectador não é obrigado a ver, votar ou acompanhar. Embora tudo
na Globo, e até em outros canais, seja vinculado de alguma forma ao programa, é
de livre escolha de quem está na frente da televisão ver ou não. É o poder do
botão vermelho do controle remoto. Sem entrar no mérito da qualidade do
programa, se é de bom ou mau gosto, se é imoral e contra os bons costumes ou
reflete a realidade da vontade de cada um, se o Bial é ou não um asno que chama
os participantes injustamente de heróis, e desconsiderando a curiosidade
antropológica da trama – que já se exauriu na segunda edição -, o programa está
aí e não vai ser alguns milhares de compartilhamentos dessa rede social que vai
mudar isso. Nem xingar muito no Twitter.
Acho bem difícil que alguém não
tenha visto e acompanhado ao menos uma edição do BBB, que sejam as primeiras. Bater
de frente com BBB é como gritar pra uma parede que a cor dela é feia.
Nossa liberdade é vilipendiada
diariamente da mesma forma com que os críticos maldizem à série. Se uma pessoa
acha errado que você tenha tatuagem, use alargador na orelha, se vista como uma
pessoa do outro sexo, tenha outra orientação sexual diferente ou que divirja da
opinião dela em qualquer outra coisa, trata logo de dar o diagnóstico da sua
diferença, dizendo ser a dela uma verdade melhor que a sua.
Finalizando, quer ver, veja; quer
ler, leia; quer correr pelado na rua, seja um preso feliz. Só não tente impor
aos outros suas próprias convicções. Use o bom senso e tente argumentar sem dar
um tiro no próprio pé e sair parecendo o idiota que você quis fazer com que o
outro parecesse.
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